terça-feira, 31 de março de 2020

TBC | Papá, Por Favor, Apanha-me A Lua, de Eric Carle


O mês de Março foi marcado com o aparecimento do (temível O.O) Coronavirus, que nos obrigou a uma quarentena forçada, mas também foi o mês do Dia do Pai e de mais um tema do The Bibliophile Club: livros infantis e/ou infanto-juvenis.

De forma a juntar o útil ao agradável, e como existe na literatura infantil uma panóplia de possibilidades sobre o tema, decidi assinalar aqui o Dia do Pai, escolhendo o livro “Papá, Por Favor, Apanha-me A Lua”, um livro infantil de Eric Carle que, resumidamente, fala de um pai que se esforça por realizar o sonho da sua menina, que é brincar com a Lua. 

Curiosamente, conheci este livro durante as comemorações do Dia do Pai na sala onde me encontrava a estagiar, no primeiro ano do mestrado e apaixonei-me imediatamente, não só pela história, que é encantadora, mas também  pelas várias possibilidades lúdicas e pedagógicas que oferece.

Entre outras coisas, o livro oferece um jogo de tamanhos e direções, em páginas que se desdobram em vários sentidos, à medida que a história se vai desenrolando. Para além disso, também introduz às crianças uma temática que, por vezes, pode ser intrigante para elas, as fases da Lua.

Esta é também uma excelente opção para explorar com as crianças, nesta altura complicada em que não se sabe muito bem o que fazer com elas; a partir da leitura do livro podem fazer-se uma série de atividades e/ou projetos, sobre as fases da lua, por exemplo.

segunda-feira, 16 de março de 2020

Eu e uma Tese | A Defesa


A temida defesa aconteceu fazem hoje três meses. Foi neste momento que culminou todo um processo, de construção, de reflexão, de edição e reedição, que implicou muito esforço, força de vontade, motivação, e também muito suor e lágrimas.

Foi um momento muito solene. Os meus pais foram acompanhar-me, mas não assistiram á apresentação em si. Eu no inicio pensava que ficaria mais nervosa se eles estivessem a assistir, mas depois isso acabou por deixar de ter importância, neste caso foram eles mesmos que preferiram ficar cá fora, a enviar-me energia positiva.

Curiosamente, a minha família estava mais nervosa que eu. No inicio eu também estava, claro, mas como já sabia mais ou menos o que me esperava e sentia-me minimamente preparada, o nervosismo acabou por ficar em segundo plano.

O processo da defesa (ou prova publica) é bastante simples: primeiro é apresentado o júri, constituído por um presidente, o arguente e o orientador; depois segue-se uma breve apresentação do que consta no relatório, como a metodologia, as palavras-chave e alguns aspetos da investigação; a seguir, os membros do júri fazem a sua apreciação geral e o arguente faz as suas questões; por fim, todas as questões são respondidas, podendo existir até uma pequena discussão entre o arguente e a pessoa que está a fazer a defesa.

Apesar da ansiedade, a apresentação correu bastante bem, não gaguejei, que era o meu maior medo, e consegui dizer tudo o que pretendia, dentro do tempo limite, que eram mais ou menos15/20 minutos. O feedback que recebi foi melhor do que eu esperava, tendo em conta todas as fragilidades que eu sabia que o meu trabalho tinha.

Para minha surpresa, muitas dessas fragilidade, apesar de sinalizadas, acabaram por ser um pouco desvalorizadas, dando-se mais importância aos pontos fortes, que foram muito elogiados e valorizados, como foi o caso das minhas motivações para a escolha do tema e o facto de eu ter exposto muitas das minhas dificuldades e fragilidades relacionadas com o mesmo.

No fim, fiquei com a sensação de missão cumprida, não só por tudo ter finalmente acabado, mas também porque consegui transmitir a mensagem que pretendia e que dizia respeito á importância da disciplina no desenvolvimento das crianças e de esta ser implementada de forma positiva e pedagógica.

Se chegaram ao fim deste post e não perceberam nada do que eu estive a falar, espreitem as outras publicação da rubrica aqui e vão ver que ficam a entender melhor.

quinta-feira, 12 de março de 2020

TBC | The Witcher: Série Vs Livro


Há muito que não partilhava uma leitura no âmbito do The Bibliophile Club. Têm sido propostos temas bastante interessantes nos últimos meses e ao qual eu pretendia participar, contudo, a altura certa para o fazer acabava sempre por passar e deixava de me fazer sentido participar de todo.

Acabou por acontecer a mesma coisa no mês de Janeiro, cujo tema foi livros adaptados a cinema ou televisão. Consegui terminar de ler o livro ainda antes do fim do mês e pretendia partilhar a minha opinião sobre ele na primeira semana do mês de Fevereiro, mas não consegui. De modo a contrariar esta minha tendência, decidi partilhar na mesma o livro que li para o tema de janeiro, com dois meses de atraso, eu sei, mas mais vale tarde do que nunca, não é verdade!?

Assim sendo, a minha escolha para o tema do mês de Janeiro foi o primeiro volume da saga The Witcher. Primeiro vi a série, pouco depois de ser lançada, na Netflix, por influência da minha irmã, e fiquei imediatamente rendida. Umas semanas depois, pouco antes do Natal, comprámos o primeiro livro, que eu pretendia ler assim que terminasse o que tinha em mãos na altura, mas quando tomei conhecimento do tema do The Bibliophile Club de Janeiro, não consegui resistir e tive de lê-lo mesmo assim.

Como já referi, foi com a série da Netflix que tive o meu primeiro contacto com a saga. Estava um bocadinho reticente quando comecei a ver, porque pensei que fosse mais uma de terror, género do qual eu não sou nada adepta, mas com o tempo percebi que estava enganada. A série está muito bem feita, os efeitos especiais são brutais e super reais, a banda sonora é incrível e encaixa na história na perfeição, e os atores que interpretam as personagens, na minha opinião, foram muito bem escolhidos, fazendo jus ao que está descrito nos livros e causam um impacto visual brutal.

Relativamente ao livro, é de leitura fácil, e extremamente viciante; a história é contada num ritmo alucinante, há sempre coisas novas para descobrir em cada página; a ordem dos acontecimentos é completamente diferente da série, apesar de também ir saltando entre várias linhas do tempo. O que também achei muito interessante no livro, e que não me apercebi quando vi a série, foi o facto de incluir alguns contos dos irmãos Grimm, como a Rapunzel, a Branca de Neve e os Sete Anãos e a Bela e o Monstros, mas de forma mais obscura.

No geral, a série é fiel ao que está descrito no livro, não em tudo, como é obvio, mas muitas das cenas adaptadas estão tal e qual como são descritas no livro. No entanto, se me perguntarem de qual gostei mais, tenho de admitir que gostei muito mais da série. Apesar de o livro também ser bastante bom, acho que fiquei muito mais impressionada com a série. Normalmente prefiro sempre os livros ás suas adaptações, mas neste caso acho que a adaptação superou completamente o livro, tanto pelos efeitos brutais que inclui como pela maneira como a história é contada, que é muito mais cativante e viciante.

domingo, 8 de março de 2020

Desafio 1+3 | 12 livros para 2020

The Witcher - Volume I. Foi a minha escolha para o tema do The Bibliophile Club do mês de Janeiro (e sobre o qual irei publicar em breve, prometo). Tomei conhecimento desta saga a partir da série da Netflix. Ao principio a série não me despertou muito o interesse, contudo, quando a minha irmã a começou a ver e me contou do que se tratava, percebi que estava a cometer um erro tremendo ao tê-la descartado. A segunda temporada da série de televisão, infelizmente, só é lançada em 2021, por isso fiquei feliz por saber que existem pelo menos mais uns cinco livro da saga para ler ao longo deste ano e que veem preencher o vazio deixado pela série de televisão.

Outlander. Neste momento esta é uma leitura que se encontra em pausa. Já falei desta saga e também da série de televisão aqui no blog, por isso dispensa apresentações. Estou a meio da leitura do quinto livro. Em comparação com os quatro primeiros, estou a achar este um pouco maçador, por isso é que o deixei agora em espera, mas tenho esperança de que seja apenas uma “fase” e o livro fique mais interessante quando o retomar. 

O meu coração entre dois mundos. É o capítulo final da trilogia, que começou com Viver depois de ti e Viver sem ti. Conta a história de Lou Clark e a sua luta para ultrapassar uma perda e descobrir o sentido da sua vida. Já li os dois primeiros livros e vi, inclusive, a adaptação cinematográfica do primeiro. Fiquei rendida logo na primeira página, a escrita da autora é extremamente apaixonante, é crua e verdadeira e quase que conseguimos imaginar as personagens a viver mesmo na vida real. Apesar de abordar assuntos sérios e um pouco pesados, é também uma leitura leve, fluida e extremamente viciante. 

Ganhei uma vida quando te perdi. O primeiro livro que li de Raul Minh'Alma foi o romance Foi sem querer que te quis. Já conhecia o autor e a sua obra pelas redes sociais, mas nunca tinha lido nenhuma delas. Ao longo do tempo comecei a sentir uma curiosidade crescente, pois nunca tinha lido um romance escrito por um homem e ainda por cima na voz de uma mulher. O livro acabou por chegar finalmente às minhas mãos no ano passado e fiquei completamente arrebatada, pela imaginação do autor, pela verdade das palavras escritas e sobretudo pelo final surpreendente e inesperado. Este novo romance, pelo que li na sinopse, também promete ser tão arrebatador e inesperado como o anterior e estou ansiosa para lê-lo.

A Noite do Caçador. É a nova obra de Sandra Carvalho, a autora que me despertou para o maravilhoso mundo da literatura fantástica durante a minha adolescência, com A Saga das Pedras Mágica. Quando terminou esta saga, a autora lançou uma trilogia, denominada Crónicas da Terra e do Mar, onde mistura a história de Portugal com a ficção e um toque de fantasia já característica na escrita da autora. Esta nova obra parece-me ser bastante interessante e estou ansiosa para perceber como é que a autora se saiu a escrever numa perspetiva masculina.

Irresistível. É uma obra de J. R. Ward, a escrever como Jessica Bird. Este livro é a continuação de Diz-me Quem És, que conta a história de Grace, uma mulher famosa e importante no seu ramo de negócios que se vê na lista de um assassino e é, por essa razão, obrigada a contratar um guarda-costas. Irresistível conta a história da irmã de Grace, Callie, uma conservadora de arte que é contratada para restaurar uma obra prima, adquirida pelo homem mais irresistível, sensual e ele próprio uma verdadeira obra de arte. O primeiro livro tem assim uma mistura de suspense e romance, a escrita da autora é só espetacular, é de leitura fácil e leve, apesar da temática que aborda, e é extremamente viciante. Para este segundo livro conto ainda com mais drama, suspense, emoção e tensão escaldante.

A Guardiã da Princesa. Devo dizer que, de todos os que estão aqui enumerados, este é um dos livros que mais anseio ler. Li sobre ele no blog Nii Bookshelf e fiquei extremamente encantada e curiosa, em primeiro lugar porque a capa é só das mais bonitas e cativantes que já vi, em segundo porque adoro histórias que envolvam princesas e fantasia e em terceiro porque parece-me uma história totalmente diferente do que estou a imaginar e também de tudo o que já li até agora. Por isso, estou a contar com uma história surpreendente e potencialmente causadora de uma enorme ressaca literário no final.

A sociedade literária da tarte de casca de batata. Já vi a adaptação cinematográfica, pelo que já conheço relativamente bem esta história e as suas personagens, contudo, quando tomei conhecimento da existência do livro e li a sua sinopse, percebi que a história vai muito mais além do que é relatado no filme, o que é compreensível. Achei o filme muito interessante, principalmente porque aborda um período muito delicado da história mundial, mas também pela história que se desenrola á volta desse período. No entanto, como já dei a entender, considero que o livro deve ser muito mais rico e nos permite perceber com muito mais profundidade algumas personagens e algumas situações relatadas no filme.

A distância entre nós. É um romance Young Adult, parecido com A Culpa é das Estrelas (penso eu…), que conta a história de Stella, uma jovem que sofre de fibrosa quística, pelo que tem de manter o mínimo de um centro e oitenta de distancia, de uma pessoa ou de um objeto, de forma a evitar intenções que ponham em risco a possibilidade de um transplante pulmonar; e de Will que, assim que atingir a maioridade, pretende sair do hospital e partir para conhecer o mundo. Também já tem adaptação cinematográfica, que foi o que me despertou o interesse para o livro em primeiro lugar. Ainda não vi o filme, mas pretendo vê-lo logo a seguir a ler o livro.

O sol também é uma estrela. É o segundo romance (se não me engano…) de Nicola Yoon. Já li o primeiro, o Tudo, Tudo… e Nós, que conta a história de Maddy, uma jovem portadora de uma doença rara que a impede de sai de casa, que se apaixona por Olly, um rapaz que se muda para a casa ao lado, virando toda a sua vida do avesso. É um livro de leitura fácil, leve, cómico e ao mesmo tempo comovente e o fim é surpreendente. Este segundo romance aborda um assunto um pouco mais leve, mas igualmente profundo e interessante

Um Mais Um - A Fórmula da Felicidade. Mais um livro da Jojo Moyes. Também li sobre ele no blog Nii Bookshelf e fiquei extremamente curiosa e ansiosa por lê-lo, não só por retratar uma viagem à Escócia mas também pela própria jornada das personagens que, desconfio, irão sofrer muitas mudanças ao longo da história. Depois de já ter lido pelo menos duas obras desta autora, espero que esta seja ainda mais cativante e arrebatadora.

Uma Princesa em Fuga. Segundo a Nii Bookshelf, esta não é uma daquelas histórias típicas de princesas. A protagonista desta história é uma princesa que já está farta de ser princesa, acabando por fugir do seu palácio, numa tentativa de ser uma mulher “normal”, mas acaba por se meter numa aventura inesperada. Tal como aconteceu com A Guardiã da Princesa, fiquei extremamente curiosa para ler este livro depois de ler a opinião da Nii Bookshelf que, mesmo não contando a história toda, inclui os detalhes certos para aguçar a curiosidade dos leitores.

E vocês? Que livros pensam ler este ano?
 
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