quarta-feira, 29 de maio de 2019

The Bibliophile Club | A Saga das Pedras Mágicas, de Sandra Carvalho

Foto da minha autoria.
Após quase dois meses sem participar no The Bibliophile Club, achei que esta seria a altura perfeita para regressar, não só pelo tema deste mês, mas também pelos livros e pelas respetivas autoras que eu já aqui queria trazer há muito tempo.

Uma vez que este mês celebra-se o Dia do Autor Português, as criadoras do The Bibliophile Club (a Sofia, a Sónia e a Carolayne) decretaram que o tema deste mês seria, nada mais, nada menos que Autores Portugueses, e lançaram também um pequeno desafio, que consiste em refletir um pouco sobre os nossos autores portugueses preferidos.

Vou-vos ser muito sincera, não tenho muito o hábito de ler livros de autores portugueses, aliás, conta-se pelos dedos das mãos os autores portugueses que tenho na minha estante, e não é por não gostar do que é nacional, apenas não tem calhado.

De entre os poucos autores portugueses que tenho na minha estante, escolhi uma autora que já queria falar aqui há já algum tempo, que marcou os últimos anos da minha adolescência e reavivou um gosto pela leitura que eu pensava que tinha perdido na altura: a Sandra Carvalho, a mente que está por trás d’ A Saga das Pedras Mágicas

Conheci a Sandra e a sua saga no 10º ano, quando ela foi fazer a apresentação dos livros á minha escola. Fiquei extasiada a ouvi-la falar do seu percurso e do que a inspirou a escrever esta história incrível, e a partir do momento em que vi a capa e li a sinopse do primeiro livro, soube que tinha de o ter só para mim, desse por onde desse. E foi o que aconteceu, comprei o primeiro livro e tive o privilégio de o ter autografado pela autora. Foi o primeiro (e ultimo...) livro autografado que adquiri e foi o delírio total na altura.

Avançando agora para a história em si, A Saga das Pedras Mágicasretrata as aventuras de três gerações de mulheres, feiticeiras e sacerdotisas, que lutam para proteger as sete emblemáticas pedras mágicas contra as forças do mal e a magia negra. Ao mesmo tempo, vivem romances arrebatadores, com homens poderosos e encantadores, que sobrevivem a todas as adversidades e mais algumas ao longo de toda a saga.

Não me vou alongar muito mais no resumo da saga, porque também já não me lembro de muitos pormenores, já li os livro há alguns aninhos, mas posso-vos dizer que esta história é muito empolgante, desde a primeira página do primeiro livro, até à ultima página do oitavo e ultimo livro (sim, a saga tem cerca de oito volumes, cada um maior e melhor que outro). O enredo está de tal forma bem escrito que somos capazes mergulhar naquele mundo, como se estivéssemos mesmo lá a assistir a tudo. As personagens são únicas e pela maneira como são descritas até parecem reais. A descrição dos espaço e de toda a ação é extremamente arrebatadora, quase que conseguimos sentir os odores das florestas e brisa na pele, e o coração parece que pára em certas ocasiões da história.

Por isso, se gostam de literatura fantástica e ainda não conhecem a autora, esta é uma saga a não perder, prometo que não se vão arrepender.

Como o post já está um pouco longo, não vou falar do desafio hoje, mas fá-lo-ei, em principio, ainda esta semana.

Entretanto, digam-me, já tinham ouvido falar desta maravilhosa saga e da autora, Sandra Carvalho?

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Livro | Cada Suspiro Teu, de Nicholas Sparks


Inspirado numa história veridica, Cada Suspiro Teu, fala-nos sobre duas pessoas que se encontram por acaso numa praia da Carolina do Norte e acabam por se apaixonar de forma inesperada, incrivelmente rápida, e intensa. No entanto, ambos são de mundos opostos e encontram-se em fases da vida completamente diferentes, o que os leva a fazer uma complicada escolha. 

A praia que os juntou vê-os, agora, partir, mas o amor e os momentos que passaram juntos, ficaram gravados a fogo no coração e na memória de cada um, perdurando no tempo, apesar de todas as partidas pregadas pelo destino.

Já tive o prazer de ler muitos livros do Nicholas Sparks, cada um melhor que o outro, mas este ultrapassou completamente as minhas expectativas, em primeiro lugar, por ter sido inspirado numa história verídica, e em segundo, pela forma inteligente e cativante com que o autor misturou a realidade com a ficção, tendo sempre o cuidado de nunca revelar a verdadeira identidade dos personagens da história.

Achei também muito interessante a contextualização que Sparks faz no inicio, levantando um pouco o véu sobre a forma como descobriu esta maravilhosa história e o caminho que fez para encontrar os seus protagonistas e que o inspirou para escrever este livro. Como aspirante a escritora que sou, fiquei extremamente maravilhada com todo este percurso criativo.

As personagens são extremamente ricas, talvez por serem inspiradas em pessoas reais, com personalidades e histórias de vida com o qual qualquer pessoa se consegue identificar, o que faz desta história ainda mais fascinante e comovente. Além disso, os sentimentos das personagens estão tão bem descritos, ao ponto de o próprio leitor conseguir sentir a sua dor.

Portanto, se gostam de romances comoventes e verdadeiros e/ou são fãs de Nicholas Sparks, como é, não deixem de ler este livro, prometo que não se vão arrepender.

sexta-feira, 10 de maio de 2019

Eu e uma Tese | O Processo de Escrita


Depois de falar sobre a escolha do tema, decidi saltar uma etapa e falar já sobre o processo de escrita do relatório, uma vez que é nesta fase que me encontro agora e é também a razão da minha ausência aqui no blog nestas ultimas semanas.

Esta ausência aqui no blog foi algo que eu não consegui mesmo evitar… No final de Março comecei a escrever a parte do quadro teórico do relatório (isto é, a fundamentação, conjugando as minhas concepções de disciplina com a de outros autores), e entrei num grande bloqueio mental e criativo, que fez a minha ansiedade subir para o nível máximo ao ver que o tempo passar e eu ainda não tinha nada de jeito feito. 

Por isso, houve um momento em que tive de definir prioridades e a prioridade máxima naquele momento tinha de ser mesmo o relatório. Tive mesmo de me obrigar a focar naquilo para ver se conseguia fazer com que a escrita fluísse, quer eu gostasse do que estava a escrever ou não. E, em algum momento, consegui.

Na semana passada consegui acabar aquele capitulo. Foi um bocadinho tirado a ferros, mas consegui, e foi uma sensação tão boa quando finalmente terminei, foi uma sensação de missão cumprida.

Como já devem ter entendido, o processo de escrita deste capitulo foi algo doloroso. Sempre que ia para a frente do computador, ficava com um bloqueio tremendo. Escrevia, apagava, depois escrevia e apagava outra vez. Nunca ficava satisfeita com aquilo que escrevia, nada me fazia sentido. Houve também uma altura em que sabia aquilo que queria escrever, mas apenas não sabia como o colocar no papel. 

Cheguei até a duvidar das minhas capacidades, a duvidar se seria capaz de terminar o relatório até Junho com aquele ritmo. Depois foi ver o tempo a passar e ainda não tinha nada feito, isso é que foi o mais doloroso para mim, foi isso que levou a minha ansiedade para o nível máximo, o que também foi um dos factores do meu bloqueio. A certa altura eu já estava tão, mas tão nervosa (e ansiosa), que já não conseguia mesmo fazer nada de jeito.

Nessa altura, tive mesmo de fazer alguma coisa. Tentei relaxar o máximo que consegui e deixar de me preocupar com o facto de que o tempo estava a passar e que ainda não tinha nada feito, e estipulei com a minha orientadora uma data limite para entregar aquele capitulo. A partir dai a coisa começou a fluir com mais facilidade e acabei por conseguir terminar perto da data estipulada.

E pronto, o primeiro capitulo do relatório está terminado (por enquanto…), mas ainda faltam pelo menos mais cinco, por isso, ainda tenho um longo caminho pela frente…

Para terminar, queria só salientar aqui uma coisa: cada um tem um ritmo e um processo de escrita diferente. Uns podem ter mais facilidade e as palavras começam a fluir logo, e outros são um bocadinho mais lentos, mas não se preocupem, porque tudo se consegue, basta manter a calma, relativizar a coisa, e tudo irá correr bem.
 
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