segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Filme | Beleza Colateral

Amor, tempo e morte... este é o mote do filme Beleza Colateral.

Um homem perde o bem mais precioso da vida, a filha de 6 anos, e revolta-se com estas três coisas, sem ela já nenhuma faz sentido. Para libertar-se de alguma forma, Howard escreve três cartas, uma ao 
amor, outra ao tempo e por fim á morte. O que ele não esperava era obter uma resposta. Estas três coisas que movem o universo, começam a aparecer no dia-a-dia de Howard, encarnadas em pessoas, com  o objetivo de voltarem a ensinar-lhe o valor da vida e das coisas boas que esta ainda lhe pode trazer, apesar da morte da sua filha.

Beleza Colateral é um filme comovente, um pouco confuso no inicio, e tem a capacidade de tocar na consciência de cada telespectador que tem a oportunidade de o ver, com as  diferentes histórias retratadas no filme que nos fazem refletir sobre o significado da vida e o que é que a move.

Depois de ver este filme, fiquei a pensar que realmente são o Amor, o Tempo e a Morte que têm o poder de mover a vida. O Amor é o que dá sentido a qualquer coisa na vida. As relações, as pessoas, o que fazemos na vida, a nossa profissão, são tudo coisas que se baseiam em algum tipo de Amor. No caso de Howard, era essencialmente na filha que ele encontrava esse bem tão precioso, nos seus olhos, no seu sorriso.  Por outro lado, é do Tempo que a vida depende, nunca sabemos quanto tempo mais é que vamos ter para estar com as pessoas que amamos, para fazer o que mais gostamos, por isso estamos numa corrida constante contra o tempo e na ansia de aproveitar todo o que temos. Por fim, a Morte… É nela que termina a vida, é com ela que o nosso tempo acaba. Mas é preciso aceitá-la e encará-la como sendo algo natural, e inevitável, pois todos nós vamos acabar por encontrá-la, de uma maneira ou de outra. Vão-se as pessoas, ficam as memórias, e a vida que fica tem de continuar...

Penso que é ai que está a beleza colateral que dá nome a este filme. Com a perda de alguém que amamos a vida continua, mas com o sabor agridoce das memórias felizes e da tristeza de elas não voltarem mais e dos momentos de felicidade que se misturam com a tristeza da ausência de quem nunca mais voltará.

Esta é a minha ideia da Beleza Colateral da vida. Qual é a vossa?

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