quarta-feira, 4 de abril de 2018

A Profissão da Minha Vida


Há 5 anos atrás, a minha cabeça dava voltas e voltas e pensava: "O que é que eu quero seguir? Qual é profissão da minha vida?". 

A minha irmã, por exemplo, toda a sua vida sonhou em ser professora, e quando foi a altura de escolher o curso que iria seguir, ela sabia exatamente o que queria escolher, e escolheu, sem hesitações nem incertezas.

Em contrapartida, para mim, o momento da escolha foi angustiante, porque eu não sabia o que queria ser, e o que eu escolhesse, tinha receio de que não fosse o mais acertado, podendo vir a arrepender-me e acabar a viver infeliz, a trabalhar em algo que não me diz nada, a vida toda.

Bom, eu no fundo até sabia o que queria, só não o queria admitir porque sabia que não me sustentaria  para sempre se o seguisse. Todas as minhas brincadeiras de infância se resumiam a criar e imaginar novelas cujas personagens eram as minhas bonecas e, há medida que fui crescendo, comecei a ter a necessidade de as colocar no papel. Assim, descobri uma das minhas grandes paixões, escrever, criar, imaginar; e um dia publicar uma história criada por mim, tornou-se o meu sonho.

Ser escritora a tempo inteiro é o que eu sempre sonhei, mas tinha noção que talvez não fosse possível viver só disso, então, continuei a minha busca pela profissão da minha vida. 

Um dia, agarrei num dos livros de histórias infantis que a minha irmã tem no quarto e comecei a ler sozinha, em voz alta; fazia as entoações, dava vozes diferentes às personagens; e a minha mãe a ouvir-me, sem eu dar por ela. Quando acabei aquela leitura, a minha mãe falou, denunciando a sua presença: "Filha, tu tens tanto jeito para ler essas histórias às crianças, já pensaste em tirar o curso de educadora de infância?"

Foi aqui que se deu o click na minha cabeça; olhei para dentro de mim e comecei a ver características da minha personalidade que me fariam encaixar muito bem como educadora de infância e pensei "É isto! Esta é a profissão da minha vida."

Segui então para a licenciatura em Educação Básica, e aí todas as incertezas me invadiram: Será que é mesmo isto que quero para mim? Será que trabalhar com crianças é a minha vocação? Estas e outras duvidas acompanharam-me durante praticamente toda a licenciatura, acompanhadas por uma desmotivação tremenda, porque o que eu estava a estudar naquele momento, nada tinha a ver com o que eu queria; eu queria ser educadora de infância, não professora de 1.º ou 2.º Ciclo.

Foi no 3.º ano, quando cheguei finalmente ao estágio de jardim de infância, que tive finalmente a certeza que era isto que queria fazer para o resto da minha vida. 

Hoje, estou finalmente no mestrado, e estou finalmente a estudar para ser aquilo que realmente quero ser, Educadora de Infância.

Para os jovens que estão agora a pensar no que querem seguir daqui para frente e não sabem ainda para onde devem ir, tenham calma, não desistam; pesquisem, olhem para dentro de vocês e reflictam sobre as vossas qualidades e capacidades, e aí, garanto-vos, vão encontrar a escolha certa. 😉
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